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Queimadas
Incêndios Florestais
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Entende-se por incêndio florestal todo fogo sem controle sobre qualquer vegetação, podendo ser provocado pelo homem (intencionalmente ou por negligência), ou por fonte natural (raio).

Anualmente, após as geadas, ocorre a estação seca, por um período crítico que se estende do mês de julho até meados de outubro. Neste período a vegetação torna-se suscetível a incêndios.

Os incêndios florestais, casuais ou propositados, são causadores de grandes prejuízos, tanto no meio ambiente quanto ao próprio homem e a suas atividades econômicas. No período de 1983 a 1988 no Brasil, os incêndios destruíram uma área de 201.262 hectares de reflorestamento, que representa aproximadamente 154 milhões de dólares para o seu replantio, fora o prejuízo direto.

As causas dos incêndios podem variar bastante de região para região. No Brasil, há 8 grupos de causas: raios, queimadas para limpeza, operações florestais, fogos de recreação, o ocasionado por fumantes, por incendiários, estradas de ferro e diversos.

Os incêndios, devido principalmente às condições meteorológicas, não ocorrem com a mesma freqüência durante todos os meses do ano. Pode haver também uma variação das épocas de maior ocorrência de incêndios entre as regiões do país, devido às condições climáticas ou às diferenças nos níveis de atividades agrícolas e florestais.
 
Da mesma maneira, os incêndios não se distribuem uniformemente através das áreas florestais. Existem locais onde a ocorrência de incêndios é mais freqüente, como por exemplo os próximos a vilas de acampamentos, margens de rodovias, estradas de ferro, proximidades de áreas agrícolas e pastagens.

A proteção das florestas, bem como a de povoamentos florestais, torna-se eficiente quando existe um planejamento prévio das atitudes e atividades a serem tomadas ou implementadas nas diferentes situações que podem apresentar.

Quanto ao controle de incêndios florestais, o processo preventivo tem se mostrado como o de maior eficiência, através de aceiros manuais e mecânicos, gradagens internas ao povoamento e um bom sistema de vigilância; este, muito praticado entre empresas florestais vizinhas, num sistema de cooperativismo.

Planos de Proteção

É necessária a observação de vários fatores existentes na área em questão:

O problema do fogo na unidade a ser protegida.
Os aspectos físicos da área.
Causas mais freqüentes de incêndios, épocas e locais de maior ocorrência, classes de material combustível e delimitação de zonas prioritárias são informações indispensáveis para a elaboração de um plano. Este plano deve incluir as ações propostas para a prevenção, detecção e combate aos incêndios e o registro sistemático de todas as ocorrências.

Classes de Combustível

Os tipos de vegetação influenciam de maneira significativa no potencial de propagação dos incêndios.

Tipo de formação vegetal
 Propagação
 
Povoamentos de coníferas
 Mais rápida e intensa
 
Povoamentos de folhosas
 Mais lenta
 
Florestas plantadas
 Mais rápido
 
Florestas naturais
 Mais lenta
 
Pastagens e campos
 Mais rápida, principalmente após geada
 
 

           
Os mapas de combustível, ou cartas de vegetação, permitem prever as áreas nas quais o fogo apresenta maior risco de propagação.

Zonas Prioritárias

É preciso definir as áreas que devem ser prioritariamente protegidas, embora todas as áreas sejam de grande importância. Áreas experimentais, pomares de sementes, nascentes de água, áreas de recreação, instalações industriais e zonas residenciais são exemplos de áreas prioritárias.


Plano Operacional

a) Prevenção

A prevenção dos incêndios florestais envolve, na realidade, dois níveis de atividades, a redução das causas (através de campanhas educativas, legislação específica e medidas de controle) e a redução do risco de propagação, que consiste em dificultar ao máximo a propagação dos incêndios que não forem possíveis de evitar. Pode ser feito através da construção de aceiros, da redução do material combustível e da adoção de técnicas apropriadas de silvicultura preventiva.


b) Detecção

É a primeira etapa do combate a um incêndio. Pode ser fixo, móvel ou auxiliar, dependendo das condições locais e da disponibilidade de recursos da empresa responsável pela proteção da área.

A detecção fixa é feita através de pontos fixos de observação, torres metálicas ou de madeira. A altura da torre depende da topografia da área e da altura da floresta a ser protegida. As torres são operadas por pessoas ou por sensores automáticos à base de raios infravermelhos, que detectam o incêndio devido à diferença de temperatura entre o ambiente e a zona de combustão.

A móvel é feita através de operários a cavalo, em veículos ou em aeronaves leves. O patrulhamento aéreo é indicado para áreas muito grandes, de difícil acesso.
A auxiliar é exercida voluntariamente, por pessoas que não estão ligadas diretamente ao sistema de detecção. Quando bem conscientizadas, através de programas educativos, as pessoas que vivem nas imediações ou transitam pela floresta podem comunicar a existência de focos de incêndio.

Passos básicos na detecção dos incêndios:

Comunicar à pessoa responsável pelo combate todos os incêndios que ocorrerem na área protegida, antes que o fogo se torne muito intenso, de modo a viabilizar o combate o mais rápido possível; o ideal é cumprir este objetivo em no máximo 15 minutos após iniciado o fogo.
Localizar o fogo com precisão suficiente para permitir à equipe do combate chegar ao local pelo acesso mais curto, no menor intervalo de tempo possível.
c) Combate

Equipes treinadas, equipamentos adequados, mobilização rápida, plano de ataque já  estabelecido - é o necessário para proceder um combate eficiente.

Os equipamentos, incluindo as ferramentas manuais, devem ser de uso exclusivo no combate aos incêndios florestais. O tipo e a quantidade de equipamentos para o combate a incêndios depende de vários fatores, tais como: características locais, tipo de vegetação, tamanho da área, número de equipes e disponibilidade financeira.


d) Registro das ocorrências
Com base nesses registros é que se pode obter informações sobre causas, épocas e locais de ocorrência, tempo de mobilização, duração do combate, número de pessoas envolvidas, equipamento utilizado, área queimada, vegetação atingida e outros fatores.

Custos da Operação              

Na última década, a silvicultura brasileira tem se destacado não somente no cenário interno como também tem sido referência àqueles países cujos produtos florestais contribuem significativamente na geração de divisas.

A grande evolução tem sido baseada fundamentalmente pela introdução de novos materiais genéticos, expansão das fronteiras e adoção de novos métodos silviculturais. Dentro desta verdadeira revolução silvicultural ocorrida e da integração floresta/indústria, cresceu na mesma intensidade a demanda por matéria-prima de alta qualidade e a necessidade de adequação dos custos dentro da nova realidade.

Devido às grandes extensões territoriais onde se localizam os principais povoamentos florestais, muitos são os fatores biodiversos, como solo, clima, materiais genéticos, entre outros, que contribuem para o sucesso ou o fracasso de um empreendimento florestal.

Limpeza do Terreno

Estes custos são constituídos basicamente por operações de roçadas, decepas, aplicação de herbicidas pós emergentes, rebaixamento de tocos ou destocas, gradagens para trituração ou incorporação de resíduos, enleiramento, combate às formigas e queima (limitada somente a algumas situações).
A composição destes custos , incluindo insumos, mão-de-obra e horas de  máquinas, gira em torno de R$ 250,00/ha.

Conservação e Preparo do Solo

Os custos de conservação do solo estão relacionados àquelas operações cujo objetivo é manter a vida e a integridade deste mesmo solo, principalmente no que se refere a danos provocados por erosões, perdas de nutrientes e degradação da matéria orgânica, cuja inobservância levará a seu empobrecimento e conseqüentemente à perda da produtividade futura.

Já os custos de preparo do solo constituem-se por operações que antecedem ao plantio, como as gradages leves ou pesadas, gradagem bedding, subsolagem ou ripagem, coveamento e sulcamento>
A soma destas operações pode ser executada por valores médios em torno de R$  130,00/ha.

Plantio e Replantio

Os custos deste item são intimamente dependentes do material genético usado e do método de formação das mudas, acrescidos do custo da operação de plantio propriamente dito, incluindo-se a mão-de-obra e horas de máquinas para realizá-lo.

A alta tecnologia empregada para produção de mudas, aliada aos sofisticados métodos de sua produção, confere à operação de plantio um dos principais custos da formação florestal. Considerando-se que a maioria das empresas florestais já dominam o processo de produção de mudas pelo método da propagação vegetativa ou micropropagação e que este sistema onera significativamente o custo de formação em relação àquelas formadas diretamente a partir de sementes, pode-se considerar para fins desta análise uma composição de 50% das mudas em cada sistema.

A densidade de plantio, ou espaçamento, é outro fator que interfere diretamente nos custos; por isso, pode-se adotar o espaçamento médio de plantio entre 3x2 e 3x3m e um índice de reposição para replantio de 10% da população original.
Isto posto, os custos de plantio e replantio acarretam um investimento de aproximadamente R$ 350,00/ha.

Em relação à adubação, é a operação da formação florestal de maior divergência entre às empresas, devido basicamente as diferentes composições, fontes e dosagens dos insumos utilizados. Os principais insumos são de origem química, mineral e orgânica; este, proveniente de material vegetal ou resíduo industrial.
Adubações consideradas padrão para uma boa formação florestal acarretam um custo da ordem de  R$ 350,00/ha.

Tratos Culturais

Os tratos culturais mais dispensados nos povoamentos florestais na fase da implantação são aqueles voltados à eliminação das ervas daninhas, cuja competição por água, luz e nutrientes compõe-se como o principal fator da perda da produtividade florestal.
O uso de herbicidas de uma forma geral tem sido a prática mais adotada para eliminação da "matocompetição", vindo em seguida as capinas manuais ou mecânicas.
Estes custos representam uma parte significativa dos investimentos na formação florestal, girando em torno de R$ 340,00/ha.

Manutenção do Povoamento

São todas as operações que incidem após o período de implantação florestal. Normalmente ocorrem do segundo ao sétimo ano de idade do povoamento, também chamado de período de maturação florestal.
As principais operações neste período são o controle de pragas, readubações e controle de incêndios florestais.
No período de manutenção do povoamento (do 2º ao 7º ano), são investidos cerca de R$ 600,00/ha.

Considerações Finais

O termo silvicultura traduz perfeitamente seu significado, como sendo o cultivo de árvores, uma vez que para a obtenção de uma produtividade florestal satisfatória, devem ser empregadas  uma série de operações, também denominadas de manejo intensivo e materiais genéticos de altíssimo valor agregado, desta forma nada devendo ao cultivo agrícola.Percebe-se que são investidos para formação e maturação de um maciço florestal cerca de R$ 2.000,00/ha.
 
 Fonte: ambientebrasil

   
       
 
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